Júri popular de homem que matou o pai e deixou a mãe gravemente ferida em FRG é agendado para janeiro de 2022

 Por Esleif Martins e Daniela Vasconcelos às 06h30

Está marcado para 25 de janeiro de 2022 o julgamento de Valdemir Fumagali, de 42 anos. Ele é acusado de matar com golpes de facão e faca, no dia 30 de maio de 2019, o próprio pai, de 73 anos, e deixar a mãe, de 67 anos, gravemente ferida dentro da casa onde moravam na rua Juazeiro no bairro Eucaliptos em Fazenda Rio Grande. 

A data do júri popular foi confirmada pela Vara Criminal de Fazenda Rio Grande. A sessão será a partir das 9h30, no Fórum do município. De acordo com dados do processo, o réu, atualmente, continua preso no Complexo Médico Penal em Pinhais. 

O acusado, Valdemir Fumagali foi preso pela PM momentos após o crime. Foto: Paulo Fischer / RICTV

Valdemir Fumagali foi pronunciado por homicídio qualificado (do pai), por motivo fútil, praticado por meio cruel e com uso de recurso que dificultou a defesa da vítima, além de também responder por tentativa de homicídio qualificado (da mãe), por motivo fútil, praticado por meio cruel, com uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e também em razão do sexo feminino. Se condenado, o acusado pode pegar mais de 30 anos de prisão.

A brutalidade foi tanta que a vítima fatal teve uma mão e os dedos da outra, decepados pelos golpes. A vítima grave foi golpeada na cabeça e face e ficou agonizando trancada em um cômodo, até ser socorrida.

Relembre o caso

Um casal de idosos foi atacado por seu próprio filho, com golpes de faca e facão em Fazenda Rio Grande, na madrugada de quinta-feira [30 de maio de 2019]. Idevor Fumagali de 73 anos, foi atingido com 37 golpes e morreu na hora. Já a mulher, Dirce de Souza Fumagali, de 66 anos, foi encaminhada ao hospital do trabalhador, em estado grave com 30 ferimentos pelo corpo. Apesar da gravidade dos ferimentos, a vítima sobreviveu ao atentado.

A polícia inicialmente foi chamada para atender uma ocorrência de roubo, porém, ao chegar no local se deparou com uma cena brutal. Foto: Esleif Martins / IF

Valdemir Fumagali, filho do casal, foi preso no mesmo dia, suspeito de ser o autor do crime. Ele tentou negar a autoria aos policiais, alegando que haviam assaltado sua casa e matado seus pais. Porém, além de não encontrarem ninguém na casa, os policiais ainda notaram que Valdemir tinha sangue na roupa e que se contradizia. 

Ainda, segundo vizinhos e familiares, o suspeito tinha problemas com drogas e era agressivo com os pais.