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domingo, 2 de fevereiro de 2020

Homem acusa segurança de supermercado de racismo em FRG; Rede nega acusações

Por Esleif Martins 


Um homem pardo de 34 anos registrou um boletim de ocorrência e pretende apresentar uma ação por injúria racial contra um segurança terceirizado do supermercado Max Atacadista, localizado no bairro Santa Terezinha em Fazenda Rio Grande. O caso teria acontecido na última quarta-feira (29), durante o horário de expediente.

João Paulo Zin, contou para o Blog Informativo Fazenda que estava coletando alguns recicláveis e como no lixo do supermercado sempre havia alimentos descartados, ele resolveu pegar alguns itens - inclusive disse que já pegou em outras oportunidades, quando estava prestes a fechar a lixeira, foi abordado pelo segurança.

"Ja tinha colocado umas coisas (frango, linguiça) em uma caixa, ele disse:'você não pode pegar'. E eu respondi, 'mas está no lixo', ele novamente disse:'não pode pegar seu nego, macaco, vaza vaza" (sic).

Segundo João, o segurança deu a entender que ele estava furtando produtos da loja. "Ele não deixou eu pegar, tomou da minha mão e jogou no lixo de novo. Sempre peguei lá, por várias vezes e nunca tive problemas com outros seguranças", afirmou.

Ouça a entrevista.

A Guarda Municipal foi acionada e após conversar com o segurança, abordou o homem que informou aos Guardas o que havia ocorrido. E a orientação dos GMs foi que ele procurasse a Delegacia.

A ocorrência foi registrada na Delegacia de Polícia da cidade. O blog buscará contato com o Delegado responsável nesta segunda-feira, 3.

O contraditório está aberto para a defesa do supermercado.


Supermercado onde teria ocorrido a suposta injúria racial  --- Foto: Divulgação Google


Nota oficial do Supermercado

“A rede Max Atacadista vem a público esclarecer que a acusação de injúria racista feita a um de seus agentes de prevenção da loja de Fazenda Rio Grande não procede. A verdade dos fatos é que o acusador entrou nas dependências internas da empresa sem autorização prévia e foi ao local onde fica armazenado o lixo orgânico e de lá retirou alguns materiais impróprios para o consumo. O profissional então, cumprindo seu trabalho na proteção da empresa e do próprio cidadão, solicitou a ele que devolvesse à lixeira o que havia sido retirado indevidamente, sem, contudo, utilizar palavras que denotassem qualquer tipo de preconceito. Informamos que o Departamento Jurídico está tomando as providências cabíveis na proteção da imagem da marca. Vale ressaltar que o Max Atacadista condena o racismo e é veementemente contrário a qualquer tipo de discriminação ou preconceito”.




Em 02/02/2020 ás 21h28
Atualizado em 04/02/2020 ás 11h52

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